Sentam-se e sentem-se.
Inspiram e suspiram.
Está sol e o vento forte e frio e levanta saias e arrebata chapéus.
É época de românticos e sente-se um cheiro doce no ar a ideais franceses.
Da esplanada, assistimos aos rituais que permanecerão no tempo a que voltaremos de regresso ao futuro.
Todos se cumprimentam com um aceno ou inclinar de peito honrado e fingidamente humilde.
Elegantes, vestem-se azul escuro e usam sapatos afilados pretos.
Montras exibem senhoras redondas agora reflectidas esguias e altas, como espelhos mentirosos das feiras que inundaram em tempos a cidade.
Agora é tudo fino e falacioso.
O presente ostenta-se melancólico e cheio de ânsias, sexuais e outras.
O futuro aspira-se numa mistura de teorias que poucos entendem.
O passado todos esqueceram mas dizem que não, que o temem como bolorento que é!
E nós, de viagem por este tempo, sem tão pouco moderarmos as nossas realidades presentes, passadas ou futuras(?).
Antes o sonho.
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