terça-feira, 25 de outubro de 2011
Foram círculos à espera que se quebrassem feitiços e são feitiços quebrados em nome de um novo ciclo.
É estranha a forma como falamos sempre do mesmo... Estaremos fechados nessa pequena espiral a que chamamos individualidade, ou será individualismo puro e simples?
Se desejarmos o novo será que ele vem?
Se escrevermos, se pintarmos e cantarmos e se escolhermos o novo será que ele passa a existir?
São tantas as citações sobre a mudança que não me apetece falar dela.
Quero apenas saber.
Saber se temos esse poder.
A minha resposta será: só experimentando.
E aqui vai. Não vou escrever poesia. Não vou escrever sobre a escrita, nem tão pouco contar um conto. Também não vou deixar mais que as mãos falem mais depressa que o meu pequeno mas infinito cérebro.
Quero apenas o novo e já não quero ter sono...
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
O sábio
O sábio respondeu "a terra brotar flores".
Perguntaram-lhe então o que era a felicidade.
O sábio respondeu "a lua ver o sol raiar".
Depois perguntaram o que era a realização e ele disse "observar cada uma destas coisas".
Quando fores falar com um sábio leva-lhe o coração e um dicionário :)
terça-feira, 23 de agosto de 2011
O barco partiu
Levou a paixão
Ainda não voltou
Na areia busco ternuras
Ao sal me estendo
E me entendo
Quem sabe de ti
A casa voltaste
Ainda agora te perdi
Se te cansaste
Deixa-me saber
Para te esquecer
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Rio salgado

Tenho-te na calha.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Infinitum
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Chá de flores e amores
quarta-feira, 27 de abril de 2011
De viagem
Sentam-se e sentem-se.
Inspiram e suspiram.
Está sol e o vento forte e frio e levanta saias e arrebata chapéus.
É época de românticos e sente-se um cheiro doce no ar a ideais franceses.
Da esplanada, assistimos aos rituais que permanecerão no tempo a que voltaremos de regresso ao futuro.
Todos se cumprimentam com um aceno ou inclinar de peito honrado e fingidamente humilde.
Elegantes, vestem-se azul escuro e usam sapatos afilados pretos.
Montras exibem senhoras redondas agora reflectidas esguias e altas, como espelhos mentirosos das feiras que inundaram em tempos a cidade.
Agora é tudo fino e falacioso.
O presente ostenta-se melancólico e cheio de ânsias, sexuais e outras.
O futuro aspira-se numa mistura de teorias que poucos entendem.
O passado todos esqueceram mas dizem que não, que o temem como bolorento que é!
E nós, de viagem por este tempo, sem tão pouco moderarmos as nossas realidades presentes, passadas ou futuras(?).
Antes o sonho.
sábado, 23 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
Amor de monção
Soprava um vento morno quando tu prometeste que me chamavas na volta de um dia em que o tempo fosse fora de estação. Vivia-se então a era da música cheia de emoção.
Naquela paz que habita as paisagens do deserto de tanta areia como de devoção, fui jovem e ingénua e velha e sábia do teu lado. Não houve momento em que não me perdesse, prendesse e aprendesse. No meu tom canto agora, ao teu ritmo tocas por certo e por perto, como antes de a nossa música ter ao céu chegado e nele entrado. Ficámos então ditos livres, mas despidos um do outro.
E veio o choro então calado, agora em vidas que renascemos. Sorrio a que voltes em dia de monção digna de menção, e nesse me reconheças. Chova alegria nos campos, cresçam flores na palma da minha mão. Depois dessa tempestade desigual, desperte o sol que te brilhou pela primeira vez.
Foram horas e minutos em que não senti solidão, apenas restos de cansaço à espera da aurora. Estendi a mão ao destino, que sempre me pareceu antigo, e levantei a minha oração. Que saudade de receber uma vida de benção. Venham as noites que novos dias darão. Haja chuva ou vento de verão, cedo ou tarde dançaremos.
sábado, 26 de março de 2011
Estado de Alma
domingo, 20 de março de 2011
Rima fácil não é canção, não é dizer, é deixar-me ser
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Deixa-te voar
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Erva daninha ou o drama indomesticável
Tantas vezes lhe disse com um olhar que não está para perder tempo com indecisões, meias palavras, falhas de engrenagem e silêncios prolongados, a essência da falta de interesse. Com fantasias egóicas que parecem revelações ou o que é, que não são mais que pequenas emoções amenas, insonsas, de quem vive encapuçado até à ponta de cabelos eriçados de tanto medo do compromisso, e de largar o que se prende por pura autosimpatia e narcisismo! Qual compromisso! Se tudo o que ela queria era a cristalina abertura às possibilidades; a viagem... e não o destino.
Já foi alguém que dançou na espera de um pouco de romance... Agora apaga o rádio da ficha e descansa no silêncio. Segue-se o enterro, mas ela não comparece. Morre um sonho e crescem flores no seu jardim.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Uma canção melhor
Sente bem a hipótese de um futuro melhor vislumbrar na sua intuição.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Três estranhos na marginal
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Last night's dream
I've come to track
And I'm finally back
And when our band started to play
The orchestra's chest order was on our time
Order to set us free
Running horses wild
That age we were queens
Fighting evil of all kinds
I know it was a dream
But now I recall those days
Playing with manners
Just toys
But we made them flags
For honor and good
White dresses and standing stairs
Temples and promisses
Of loyalties
Back there we were royalties